computação cognitiva na Justiça

Computação cognitiva na Justiça: o que é e como diferenciar da computação comum?

Computação cognitiva na Justiça: uma tecnologia que torna a máquina capaz de aprender, pensar e tomar decisões apoiadas por dados estatísticos. O uso da inteligência artificial  está promovendo a transformação digital e está cada vez mais próximo do Judiciário brasileiro.

Especialistas dizem que estamos entrando na Terceira Era Computacional. Inúmeras possibilidades proporcionadas pela computação cognitiva já estão presentes em empresas como a IBM e a brasileira Softplan, desenvolvedora de sistemas de gestão para a Justiça.

Feita para auxiliar e pensar como um ser humano, a  computação cognitiva  é uma grande aliada da sociedade e promete ajudar na redução de gastos e tempo nas atividades.

Computação cognitiva e computação comum: você sabe a diferença?

O arquiteto de soluções da IBM, Heverton Fischer, explica que o que difere a computação cognitiva da computação comum é que, na primeira, o computador aprende a falar conosco na mesma linguagem.

Segundo ele, a máquina “consegue entender, por exemplo, a diferença entre uma manga de camisa e uma manga que é fruta. O contexto do que está sendo passado é entendido por ela”.

A capacidade de interpretar e trabalhar com grande volume de informações é uma possibilidade que a computação cognitiva torna possível. O funcionamento se assemelha ao do nosso cérebro, que recebe informações e as processa para adquirir aprendizados.

Heverton conta ainda que “vários algoritmos já realizam atividades humanas e resolvem questões complexas. Um exemplo são os chatboots, que são, na verdade, robôs que você troca mensagens e eles te respondem”.

Ele é um dos palestrantes do Innovation Day Tribunais de Justiça, evento que vai discutir quais tecnologias vão provocar as maiores disrupções nos próximos anos no sistema de Justiça. Além da IBM, participam das discussões Gartner, Fundação Getúlio Vargas (FGV), Microsoft e WeGov. Os Tribunais de Justiça do Amazonas, Alagoas, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina realizam o evento, além da Softplan.

http://www.innovationdaytj.com.br/

Computação cognitiva na Justiça

As demandas de acesso à Justiça são cada vez maiores, o que causa um impacto significativo no trabalho intelectual de juízes, advogados, defensores, promotores e procuradores. A boa notícia  é que a computação cognitiva tem trazido resultados positivos no ecossistema da Justiça.

O primeiro advogado de Inteligência Artificial (IA) do mundo, criado pela IBM, é utilizado pelo escritório norte-americano Baker & Hostetler. O “robô-advogado” ROSS foi construído a partir do Watson, primeira máquina de computação cognitiva, também da IBM.

O ROSS foi desenvolvido para ler e compreender a linguagem natural, criar hipóteses quando questionado, pesquisar e gerar respostas (com referências e citações) para fundamentar suas conclusões.

No Brasil, a Softplan, empresa de tecnologia que desenvolve o Sistema de Automação da Justiça (SAJ), apresentou o “Assistente Digital do Promotor”, solução que utiliza a IA para promover mais celeridade nas promotorias.

https://www.justicadigital.com/ministerio-publico/softplan-solucao-de-computacao-cognitiva-para-promotores/

O Assistente Digital do Promotor facilita o entendimento dos casos e a construção de peças processuais que, após finalizadas de maneira estruturada, podem ser enviadas ao Poder Judiciário com apenas um clique, além de identificar determinadas circunstâncias do caso e oferecer ao promotor os argumentos e as jurisprudências a ser usadas.