Justiça Digital: Especialistas da Softplan falam sobre mentorias em startups internacionais
Os especialistas em negócios e inovações para a Justiça da Softplan, Alexandre Golin Krammes e Ney André de Mello Zunino, passaram os últimos quatro meses em contato com startups da Palestina e da África do Sul. Eles foram escolhidos como mentores de duas empresas que desenvolvem soluções de Justiça Digital no programa Justice Accelerator, promovido pelo The Hague Institute for Innovation of Law (HiiL – Instituto de Haia para Inovação do Direito).
A experiência fez parte de uma parceria inédita no ecossistema de tecnologia do Brasil. A Softplan, a maior LawTech da América Latina, é a única brasileira a participar com mentora do Justice Accelerator. O programa promovido pela HiiL financia, treina e dá consultorias para um grupo de startups da África, do Médio Oriente e da Ucrânia.
“Acreditamos que a cooperação e a troca de conhecimentos são fundamentais para construir comunidades mais fortes. Desde 1992, reunimos um conhecimento bastante especializado sobre Justiça Digital e é uma enorme felicidade compartilhá-lo em comunidades que visam se desenvolver ao redor do mundo”, destaca Rodrigo Santos, diretor executivo da Unidade de Justiça da Softplan.
Nas sessões de mentoria, Golin e Zunino puderam falar sobre as experiências da Justiça brasileira em temas como inteligência artificial, transformação digital, jurimetria, modelagem de banco de dados e business intelligence. A troca foi tão rica que, inclusive, já ultrapassou os limites do programa.
“Eu pretendo continuar com eles mesmo depois da mentoria porque quero ver a solução rodando. Eu acredito que eles têm muito a contribuir com a sociedade”, disse Zunino, engenheiro de software especialista da Softplan, mentor da startup sul-africana Legal Ascend.
Passadas as seções de mentoria, o programa Justice Accelerator 2021 terá seu evento final no dia 16 de fevereiro. Será um Demo Day online, onde as empresas participantes, que passaram pelo processo seletivo rigoroso da HiiL, apresentarão suas soluções a uma banca de jurados. Os três primeiros vencedores receberão um prêmio de até €20 mil.
Conheça a seguir as startups participantes e o que disseram os mentores sobre a experiência da mentoria.
Adel – Palestina
O executivo de Negócios Internacionais da Softplan, Alexandre Golin Krammes, foi o mentor da Adel, uma startup da Palestina. A Adel desenvolve uma árvore de conhecimento sobre questões laborais, como verbas rescisórias e demais questões de trabalho. Essas informações serão disponibilizadas para os cidadãos, que podem saber se têm ou não direito a determinada compensação. Com isso, a plataforma liga essas pessoas a advogados que possam atendê-las.
“Eu acredito que o fato de um sistema que tenha informação jurídica estruturada ser oferecido para cidadãos é algo já positivo”, disse Golin. “Certamente estruturar o Direito, colocando-o numa linguagem de fácil entendimento para cidadãos comuns, é realmente um grande salto que pode aprimorar a busca pela Justiça”, completa.
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Legal Ascend – África do Sul
A Legal Ascend é uma empresa da África do Sul que se propõe a criar uma plataforma para facilitar os procedimentos legais de parentes depois que um familiar morre. A startup foi mentorada pelo engenheiro de software da Softplan Ney André de Mello Zunino, que no início viu uma equipe frustrada com os desafios técnicos do projeto. Com sua experiência de mais de 20 anos, o especialista conseguiu ajudar a equipe a avançar em questões como arquitetura de software e migração da infraestrutura para a nuvem.
“A maioria das pessoas que teve experiência com documentos oficiais, formulários, sabe que é complicado. Especialmente ao lidar com a morte de um familiar, uma situação delicada em que você precisa muitas vezes seguir uma série de procedimentos rígidos. Ter um sistema que facilite, encaminhe e garanta menos dor de cabeça, garantindo um preenchimento correto, é uma contribuição enorme”, explicou Zunino.
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